Publicado em 15 de dezembro de 2022.
O caso teria acontecido na noite de segunda-feira (12), quando a vítima procurou o dono bar e disse que precisava fazer o programa para ganhar dinheiro, já que estava sozinha na cidade e sem fonte de renda. Segundo depoimento da adolescente, o empresário autorizou e disse que ela poderia ir para o bar para se prostituir naquela noite.
O gerente do estabelecimento também foi ouvido. Ele se apresentou espontaneamente na Delegacia de Pontes e Lacerda, mas deu uma versão diferente da apresentada pela vítima.
De acordo com o funcionário do bar, a adolescente teria pedido para ficar no local bebendo com amigos. Eles teriam chegado e ficado em uma mesa com o grupo. Ele contou que garimpeiros, que ele não sabe o nome, apareceram no bar como de costume.
Eles estavam acompanhados de uma amiga da vítima e sentaram na mesma mesa. Um dos homens pediu um “quarto emprestado” para que pudesse ficar com a adolescente e teve o pedido atendido.
O gerente explicou que a adolescente não trabalha no bar e nem faz programas no estabelecimento. Ele disse que acreditava que a vítima era maior de idade por conta do “porte físico” e por ela ter dito que tinha um filho, além de morar sozinha na cidade.
Ele confirmou que no local há exploração sexual de mulheres, mas que não recebe dinheiro referente aos programas. O Conselho Tutelar foi acionado e acompanhou o depoimento da adolescente.
Ela foi levada para a sede do conselho, mas fugiu enquanto a equipe tentava contato com os familiares dela. O empresário foi autuado por favorecimento de prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.
O empresário teve a prisão em flagrante decretada, mas foi liberado após pagamento de fiança.
Por Bruna Barbosa.
