Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Ministério Público estadual contra o CV (Comando Vermelho) prendeu, nesta terça-feira (13/05), dez pessoas suspeitas de fornecer armas
e drogas vindas de fora do estado para a facção criminosa. Entre os investigados está E.A.A, o Doca, apontado pelas autoridades como uma das principais lideranças da facção.
Durante a ação, os agentes encontraram grande quantidade de armas e dólares em duas mansões de dois condomínios de luxo na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital. Um dos imóveis seria de Jonnathan Ianovich, investigado na operação por lavagem de dinheiro, preso na noite desta segunda (12/05) em Araras, São Paulo. A reportagem não localizou sua defesa.
Segundo os investigadores, o arsenal apreendido seria usado para reforçar o poder bélico da facção em comunidades do Rio e expandir atuação em outros estados.
A Operação Contenção ocorre em quatro estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Rondônia. Ao todo, foram expedidos 22 mandados de prisão preventiva e 39 de busca e apreensão em cidades como Maricá e Resende, no Rio, João Pessoa (PB), Cabedelo (PB), Araras (SP), Fazendinha (SP) e Pontes e Lacerda (MT).
As investigações revelaram que o Comando Vermelho recrutava criminosos de outros estados com funções operacionais especícas, como transporte de armas, gestão de empresas de fachada e abertura de contas bancárias usadas na lavagem de dinheiro.
Os policiais identicaram uma movimentação de R$ 5 milhões em menos de um mês e pediram o bloqueio de R$ 40 milhões em bens e valores de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao grupo.
O objetivo, segundo a polícia, é asxiar nanceiramente a facção, que vinha utilizando essa estrutura para driblar a repressão e manter seu funcionamento com um alto grau.
As ações também miram a logística do tráco, que permitia o fornecimento constante de armas e entorpecentes a comunidades dominadas pelo Comando Vermelho, especialmente na zona oeste do Rio.