Ministério da Agricultura e Pecuária informa que houve 17 novas habilitações para mercado indonésio, com 38 estabelecimentos; setor de carne continua fora da lista de isenção da sobretaxa de 50% imposta pelo presidente americano.
Seis frigoríficos de Mato Grosso foram habilitados a exportar carne bovina para a Indonésia, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou ao g1 nessa segunda-feira (8). O movimento de mercado acontece em meio ao tarifaço do presidente americano, Donald Trump, que sobretaxou os produtos brasileiros, incluindo o setor de carne, que permanece fora da lista de isenção de taxas.
“As empresas já estão autorizadas a exportar. Por se tratar de operações comerciais privadas, não é possível estimar prazos específicos nem valores totais de mercadorias”, disse o ministério, em nota.
A medida é resultado de negociações bilaterais e de inspeções presenciais realizadas no mês passado por autoridades sanitárias indonésias no Brasil.
No total, foram expedidas 17 novas habilitações, que passou de 21 para 38 estabelecimentos. Isso representa um aumento de 80% no número de frigoríficos habilitados.
As exportações de carne bovina do estado correspondem a 39,04% da produção do ano passado, e fica atrás apenas do mercado interestadual (54,69%) e ultrapassa o consumo doméstico (6,27%). Os dados são do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Segundo o Ministério, o anúncio sucede outro importante avanço nas exportações de carne bovina para o destino asiático: a abertura realizada em agosto, quando as autoridades indonésias permitiram a importação de carne bovina com osso, miúdos, produtos cárneos e preparados de carne brasileira.
Com mais de 270 milhões de habitantes, a Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo e vem ampliando as compras externas para suprir a crescente demanda por proteínas animais.
A expectativa, conforme o Ministério, é de que as novas habilitações ampliem o volume e a diversidade dos embarques, reforçando a posição do Brasil como um dos principais fornecedores do Sudeste Asiático.
Por Rogério Júnior, g1 MT
