Imunização segue recomendação do Ministério da Saúde após aumento de casos na Bolívia. Campanha é preventiva e não substitui o calendário vacinal de rotina.
Os 142 municípios de Mato Grosso estão autorizados a aplicar a chamada “dose zero” da vacina contra o sarampo em crianças com idades entre 6 meses e 11 meses e 29 dias, conforme recomendação do Ministério da Saúde. A medida visa reforçar a proteção dos bebês diante do risco de reintrodução do vírus no país, especialmente em estados que fazem fronteira com países onde a doença voltou a circular.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), a vacinação será feita da seguinte forma:
- Crianças de 6 a 8 meses e 29 dias: recebem a vacina dupla viral (sarampo e rubéola);
- Crianças a partir de 9 meses: recebem a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba).
A chamada dose zero é uma estratégia extra de proteção e não substitui as vacinas do calendário vacinal de rotina, que devem continuar sendo aplicadas aos 12 e 15 meses de idade.
Desde o início de julho, municípios mato-grossenses que fazem fronteira com a Bolívia, como Cáceres, Comodoro, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião e Vila Bela da Santíssima Trindade, já haviam iniciado a campanha como medida preventiva. Até a última quinta-feira (7), o país vizinho havia registrado 229 casos de sarampo, o que acendeu o alerta das autoridades brasileiras.
A SES reforça que a ampliação da campanha para todo o estado busca aumentar a barreira de proteção e impedir que o vírus volte a circular em território mato-grossense.
Crianças com alergia à proteína do leite de vaca (APLV) devem ser imunizadas apenas com a vacina dupla viral, já que a versão tríplice contém alfa-lactoalbumina, substância que pode causar reações alérgicas.
A APLV é uma condição em que o sistema imunológico reage às proteínas do leite. Em casos graves, como os que envolvem anafilaxia, o uso de vacinas com traços dessas proteínas é contraindicado.
Em 2025, Mato Grosso registrou 36 notificações de suspeita de sarampo. Destas, 34 foram descartadas e duas seguem em investigação. Até o momento, o estado não tem casos confirmados da doença neste ano.
Por G1 MT