TRANSPORTE ZERO: Governador defende Lei da Pesca e dispara: ‘Atividade nunca gerou riqueza’

TRANSPORTE ZERO: Governador defende Lei da Pesca e dispara: ‘Atividade nunca gerou riqueza’
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Publicado em 19 de janeiro de 2024.

O governador Mauro Mendes (União Brasil), voltou à defender a Lei da Pesca que impôs a proibição do transporte, armazenamento e comercialização de peixes dos rios de Mato Grosso, após o Supremo Tribunal Federal (STF) agendar  audiência de conciliação para o próximo dia 25. 

O tema foi judicializado pela forma como a lei foi costurada, impondo o prazo de restrições em 5 anos, “acabando” com os pescadores artesanais e oferecendo em troca um salário mínimo por 3 anos e cursos para que os trabalhadores migrem para o setor do turismo – o que é visto por Mauro como sendo mais lucrativo.

“Quais as duas cidades de Mato Grosso cuja atividade econômica está mais focada na pesca. Quais são elas? Vou ajudar vocês: Barão de Melgaço e Santo Antônio de Leverger, correto? Qual é o IDH dessas cidades? Qual é a capacidade de gerar riqueza que essa cidade teve ao longo desses anos? Isso mostra que essa atividade econômica, no auge dela, quando ainda tinha peixe do rio Cuiabá, em abundância, não foi capaz de produzir riqueza e tornar essas cidades prósperas para gerar riqueza para esses cidadãos”, afirmou ele, em entrevista nesta quinta-feira (18).

De acordo com o gestor, as autoridades políticas que têm se articulado para derrubar a lei estarão fomentando a pobreza nos municípios que vivem da pesca, caso não apoiem a “evolução” e o fim da atividade pesqueira. 

“Quem defende essa atividade está defendendo o atraso, a pobreza que essas cidades viveram esses anos todos. Digam que isso não é verdade. Olhem para Barão do Melgaço, olhem para Santo Antônio, cidades que tiveram muita e têm muita dificuldade. Essa atividade econômica nunca gerou riqueza em lugar nenhum do mundo”, endossou.

Em dezembro do ano passado, a prefeita Barão de Melgaço (a 125 km de Cuiabá), Margareth Gonçalves (PSDB), destacou ao que a cidade e os pantaneiros vivem somente da pesca e da agricultura de subsistência, pecuária de pequeno porte e que, por isso, serão duramente afetados com a lei defendida por Mauro. 

Ela tratou de argumentar que houve redução nos estoques pesqueiros, mas rejeitou a tese de que havia um desaparecimento total pela pesca predatória.

Frisou ainda que os municípios também não crescem devido às questões geográficas, já que estão inseridos no Bioma do Pantanal, onde ficam impedidos de edificarem grandes empreendimentos, tornando-os dependentes dos governos Estadual e Federal.

Fonte: RD News.

 

 

Leandro Régys

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